Objetivos
Enunciar a Segunda Lei de Newton
Enunciar a Terceira Lei de Newton
Enunciar a Primeira Lei de Newton
Aplicar as Leis de Newton me problemas clássicos:
Plano inclinado.
Máquina de Atwood.
Movimento horizontal.
Movimento vertical.
Bibliografia.
Tipler - Cap. 4
Seções 4.1 a 4.8 ( todas!)
- Faça os exercícios resolvidos.
Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele.
Corpus omne perseverare in statu suo quiscendi vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus illud a viribus impressis cogitur statum suum mutare.
Aqui está um referencial inercial(*),
(*) A estação espacial internacional está girando em órbita, mas o evento ocorre num intervalo tal que a estação é considerada um referencial inercial.
A primeira lei de Newton. Os quadros de referenciais inerciais.
Uma conseqüência da Lei da Inércia é que não é possível deduzir das medições realizadas inteiramente em um referencial o movimento desse referencial em relação a outros referenciais.
A primeira lei de Newton. Os quadros de referenciais inerciais.
Observando a superfície do café ou a chave caindo você não será capaz de dizer se está em repouso ou se movendo à velocidade constante. Exceto, claro se houver uma variação da velocidade do avião!
O efeito é o mesmo daquele se você estivesse tomando o café ou deixando a chave cair enquanto está em uma cafeteria.
A primeira lei de Newton. Os quadros de referenciais inerciais.
As leis do universo são as mesmas em todos os referenciais inerciais, movendo-se a uma velocidade constante entre si.
As leis do universo são as mesmas em todos os referenciais inerciais, e não existe um referencial que esteja "em repouso" em algum sentido absoluto.
Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele.
A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida.
Mutationem motus proportionalem esse vi motrici impressa, fieri secundum lineam rectam qua vis illa imprimitur
A Segunda Lei de Newton
A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida.
Se há aceleração, então, a partícula não é livre.
Observa-se experimentalmente:
A força tem a direção da linha reta entre as partículas.
A força é proporcional à aceleração.
Se há aceleração existe uma interação de uma partícula com outra.
O movimento que não é natural é forçado.
As interações ocorrem entre um par de objetos.
As interações fazem os objetos acelerarem (variação da velocidade no tempo).
A colisão faz:
O carro 1 sair do repouso.
O carro 2 entrar em repouso.
Antes a velocidade é nula. Depois é constante.
Antes a velocidade é constante. Após é nula.
Movimento natural
Movimento forçado
Fonte: http://www.iwant2study.org
A Segunda Lei de Newton
Em um referencial inercial o movimento forçado é aquele em que:
LINK.
Carro 1
Carro 2
Para um grupo de objetos todos feitos do mesmo material, é mais difícil mudar o movimento de objetos maiores do que o movimento de objetos menores.
Os objetos maiores colocam mais resistência quando tentamos variar sua velocidade.
A inércia é uma medida da tendência de um objeto a resistir a qualquer variação em sua velocidade.
A Segunda Lei de Newton
A inércia é uma propriedade intrínseca do objeto e depende do tipo e da quantidade de material do objeto.
A Segunda Lei de Newton
Ao produto da massa inercial pela aceleração denominamos por força resultante.
Fonte: https://svgsilh.com/
A mudança de movimento (aceleração) é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta (direção da força) na qual aquela força é imprimida.
Se a massa inercial do objeto é constante (partícula):
é chamada de equação de movimento para o objeto porque permite determinar o movimento do objeto.
A aceleração do objeto pode ser calculada para qualquer tempo t,
A Segunda Lei de Newton
Ao produto da massa inercial pela aceleração denominamos por força resultante.
Ao produto da massa inercial pela aceleração denominamos por força resultante.
A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos, um sobre o outro, são sempre iguais e dirigidas a partes opostas.
Actioni contrariam semper & aqualem esse reactionem: sive corporum duorum actiones in se mutuo semper esse aquales & in partes contraria dirigi.
Se você empurrar uma caixa pelo chão, a caixa empurra você com uma força de igual magnitude, na mesma direção e no sentido oposto.
Pode um objeto inanimado, como uma caixa, exercer uma força e, se sim, como sabemos que essa força existe? SIM. PODE, pois o objeto se deforma e deformações estão associadas à forças!
A Terceira Lei de Newton
ATENÇÃO. Note que você aplica a força na caixa. A caixa aplica um força em você.
ATENÇÃO. O par de interação atua em objetos diferentes!
Fonte: https://svgsilh.com/
Sempre que dois objetos interagem, exercem sobre si forças iguais em magnitude e direção, mas opostas em sentido.
A força que Konishiki Yasokichi (b.1963) exerce sobre o menino é a mesma força que o menino exerce sobre Konishiki Yasokichi.
Fonte: https://hipwallpaper.com
A terceira lei de Newton
O par de ação e reação são forças internas e se cancelam dentro do sistema. Assim, elas não são capazes de alterar o movimento do centro de massa sistema.
A Terceira Lei de Newton
A equação de movimento permite obter toda a história do movimento do objeto:
Vamos obter as funções velocidade e posição:
Integrando de uma velocidade inicial em \(t_i\) = 0 a uma velocidade final em \(t_f\) = t:
Reescrevendo:
Integrando de uma posição inicial em t = 0 a uma posição final em t = t:
A equação de movimento
porque essas forças se cancelam aos pares. As massas se aproximam, mas o centro de massa fica imóvel.
As forças internas ao sistema não são capazes de alterar o movimento do centro de massa sistema.
As forças internas
As mudanças de movimento são inversamente proporcionais às massas:
porque
A soma vetorial de todas as forças exercidas em um objeto é igual à força resultante sobre o objeto.
A magnitude da velocidade da caixa é \(\Delta v_c = \frac{F_{Rc}}{m} \Delta t\).
equivalente
O princípio de superposição
A aceleração da caixa é \(\frac{\Delta v_c}{\Delta t} = \frac{F_{Rc}}{m}\).
Exemplo 1
Considerar a situação em que três cordas são amarradas em um ponto comum, com uma equipe puxando cada corda. Suponha que a equipe 1 esteja puxando para o oeste com uma força de 2750 N, e que a equipe 2 esteja puxando para o norte com uma força de 3630 N. Uma terceira equipe pode puxar de tal forma que o cabo de guerra com três equipes termine empatado, ou seja, nenhuma equipe consiga mover a corda? Se sim, qual é o módulo e o sentido da força necessária para realizar isso?
Fonte: Wolfgang
Exemplo 2
Um ginasta de massa 55 kg está pendurado verticalmente em um par de argolas paralelas. Se as cordas que sustentam as argolas são verticais e presas a teto diretamente acima, qual é a tensão em cada corda?
Fonte: Wolfgang
Fonte: https://images.app.goo.gl/
Exemplo 3
Que força precisamos aplicar à extremidade livre da corda 1 para manter o sistema em equilíbrio estático?
Fonte: Wolfgang
Exemplo 4
Um praticante de skibunda (massa de 72,9 kg, altura de 1,79 m) está descendo uma montanha de areia com um ângulo de 22° em relação à horizontal. (a) Se pudermos desprezar o atrito, qual é sua aceleração? (b) Supondo que tenha partido do repouso, qual a sua velocidade na base da inclinação se a altura da inclinação é de 10 m?
Exemplo 5
Neste problema clássico, uma massa pendurada gera uma aceleração para uma segunda massa sobre uma superfície horizontal (Figura). Um bloco, de massa \(m_1\), está sobre uma superfície horizontal sem atrito e é conectado por meio de uma corda sem massa (por questão de simplicidade, orientada no sentido horizontal) que passa sobre uma polia sem massa para outro bloco, com massa \(m_2\), pendurada na corda. (a) Qual a aceleração do sistema? (b) Quais as trações? (c) Quanto tempo leva para \(m_2\) tocar o chão se caiu de uma altura igual h e foi solto a partir do repouso?
Fonte: Wolfgang
Exemplo 6
A máquina de Atwood consiste em dois pesos pendurados (com massas \(m_1\) e \(m_2\)) conectados por uma corda que passa por uma polia. Por enquanto, consideramos um caso sem atrito, em que a polia não se move e a corda desliza sobre ela. Também pre- sumimos que \(m_1 > m_2\). Neste caso, a aceleração é conforme mostrada na Figura. (a) Qual a aceleração do sistema? (b) Qual a tensão na corda?
Fonte: Wolfgang
Exemplo 7
Um elevador tem massa de 358,1 kg, e a massa combinada das pessoas dentro dele é de 169,2 kg. O elevador é puxado para cima por um cabo, com aceleração constante de 4,11 m/s\(^2\). Qual é a tensão no cabo?
Fonte: Wolfgang
Exemplo 8
O trator de bagagem A mostrado na fotografia tem massa de 450 kg e reboca a carreta B de 275 kg e a carreta C de 160 kg. Por um curto período de tempo, a força de atrito motora desenvolvida nas rodas do trator é de \(F_A\) = (200t) N, onde t é dado em segundos. (a) Se o trator parte do repouso, determine sua velocidade escalar em 2 segundos. (b) Além disso, qual é a força horizontal atuando sobre o engate entre o trator e a carreta B nesse instante? Despreze a dimensão do trator e das carretas.
Fonte: Hibbeler
Exemplo 9
O bloco A de 100 kg mostrado na Figura é solto do repou- so. Se as massas das polias e da corda são desprezadas, determine a velocidade escalar do bloco B de 20 kg em 2 s.
Fonte: Hibbeler
Exemplo 10
Um projétil de 10 kg é disparado para cima verticalmente a partir do solo com uma velocidade inicial de 50 m/s. Determine a altura máxima que ele atingirá se: (a) a resistência atmosférica for desprezada; e (b) a resistência atmosférica for medida como \(F_D\) = (0,01v\(^2\)) N, onde v é a velocidade escalar do projétil a qualquer instante, medida em m/s.
Fonte: Hibbeler
Fonte: Openstax.org
A partir da colisão entre dos carros padrões é possível construir o gráfico da posição versus o tempo.
Aqui temos uma simulação (idealizada) do que ocorre nos laboratórios de física.
As Leis de Newton
Para dois carros idênticos (padrões) há uma troca de velocidades devido a colisão.
ANTES
DEPOIS
As Leis de Newton
Não importa se um dos carros está em movimento ou em repouso. Há troca de velocidades devido à colisão entre eles.
ANTES
DEPOIS
As Leis de Newton
Para dois carros padrões idênticos observamos que:
Caso 1
Caso 2
As Leis de Newton
Prendemos dois carros padrões juntos para que o tamanho deste conjunto seja o dobro (d) do tamanho do outro carro padrão (p).
INICIAL
FINAL
FINAL
INICIAL
final - inicial
final - inicial
O que significa esse sinal negativo?
O que significa esse sinal negativo?
As Leis de Newton
Não importa como os carros se movam (ou não se movam) inicialmente, a variação de velocidade do carro duplo é diferente da variação da velocidade do carro padrão.
A variação de velocidade do carro padrão é negativa.
A variação da velocidade do carro duplo é positiva.
Para o carro duplo a magnitude da variação da velocidade é a metade da magnitude da variação da velocidade do carro padrão.
As Leis de Newton
Cortamos um carro padrão ao meio para que o tamanho desta unidade seja a metade (m) do tamanho do outro carro padrão (p).
INICIAL
FINAL
FINAL
INICIAL
final - inicial
final - inicial
As Leis de Newton
Não importa como os carros se movam (ou não se movam) inicialmente, a variação da velocidade do meio-carro é diferente da variação da velocidade do carro padrão.
A variação da velocidade do carro padrão é negativa.
A variação de velocidade do meio-carro é positiva.
Para o meio-carro a magnitude da variação da velocidade é o dobro da magnitude da variação da velocidade do carro padrão.
As Leis de Newton
Para dois carros padrões que não são idênticos observamos que:
Caso 3
Caso 4
As Leis de Newton
A razão das inércias dos dois carros é igual ao inverso da razão de suas variações de velocidade.
Se
Experimento | Carro 1 | Carro 2 | ||
---|---|---|---|---|
1 e 2 | padrão | padrão | 1,0 | 1,0 |
3 | padrão | dobro | 2,0 | 0,5 |
4 | padrão | metade | 0,5 | 2,0 |
Inércia (\(m\))
Razão das inércias
Razão da variação das velocidades
Verificamos experimentalmente que existe uma relação entre a inércia e a variação das velocidades:
As Leis de Newton
A aceleração média de cada carrinho é:
E a razão entre as acelerações são proporcionais a uma constante positiva que depende apenas das partículas e não depende do movimento de cada partícula. A razão é proporcional às massas inerciais, mas em uma razão inversa:
Colisões de curto e longo alcance
As Leis de Newton
No movimento forçado a interação da partícula A com a partícula B se manifesta pelo fato do corpo sair do Movimento Retilíneo Uniforme.
As forças sempre vêm aos pares (reciprocidade da força):
Quando dois objetos interagem, cada um exerce uma força sobre o outro.
A única diferença entre as duas colisões é que a interação é suavizada por uma mola.
sem mola \(\Rightarrow\)
\(\Leftarrow\) com mola
As Leis de Newton
A variação de momento do carrinho 1 é compensada por uma variação no momento do carrinho 2. Vejamos a interação do sistema isolado dos carros com mola.
carro 1
carro 2
Sistema Isolado dos carros com mola
As Leis de Newton
Em ambas as colisões a variação de momento do carrinho 1 é compensada por uma variação no momento do carrinho 2. Vejamos a interação do sistema de carros sem mola.
carro 1
carro 2
Sistema Isolado dos carros sem mola
As Leis de Newton
Sempre que dois objetos interagem, exercem um sobre o outro forças que são iguais em magnitude e direção, mas opostas em sentido.
O par de forças que dois objetos em interação exercem um sobre o outro é chamado par de interação.
As Leis de Newton
A conclusão de que objetos em interação exercem forças iguais na mesma direção, mas em sentidos opostos um sobre o outro é um resultado direto da lei da conservação do momento e da nossa definição de força.
não há força externa resultante!
há força internas que são um par de interação!